quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Árvore à beira de estrada

Com sorte, uma singela palavra
desenhará no chão
a sombra vaga
da estranha lágrima
que se abeira ao cílio
qual reação oftálmica
à luz do ocaso
moribunda e, ainda assim,
resplandecente
sobre os troncos curvados
da árvore envelhecida
à beira da estrada
à espera tardia
da minha passagem fugaz,
quilometro 35,
caminho repetido,
caminho esquecido,
com a árvore,
a luz, a lágrima
e o ocaso...