Por que reluz tanto
a cor do entardecer?
Ofende a vista pálida
na cidade cinza e insana
que hospeda passos tão incertos,
ocupados por hábito,
perdidos por tradição.
Por que soam tão melífluas
as notas harmônicas,
mesmo com aquela horda humana
já quase tão sem humanidade
que desfila aos farrapos
diante de pesarosos humanistas?
Tarde de contradições,
Webern, Mahler, Strauss
o crack, os mortos-vivos,
eles e nós,
nós e eles,
os prédios ingentes,
pedra e sol,
que se põe algo frio,
exuberante,
e algo indiferente.
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